Beleza Sem Fronteiras (Beauty Without Borders)
http://beautywithoutborders.blogspot.com/
A idéia do evento é poder compartilhar imagens das atividades de
observação junto ao público e imagens do Planeta Vênus no período de 25 a 28 de fevereiro. Haverá um momento nesse período no qual Vênus estará próximo da Lua.
O Observatório Municipal de Campinas Jean Nicolini, vai abrir nos dias 27 e 28 de fevereiro, das 18:00h até 20:00h. O telescópio usado será um Zeiss de 0.5m. Lendas, mitos, histórias de nosso folclore, causos e curiosidades sobre Vênus serão abordados durante a observação.
Figura: Sky and Telescope
This Week's Sky at a Glance
Vênus na Cultura Humana
Lendas
A Mulher da Lua
O planeta Vênus era muito observado pelos tupis-guaranis por ser, depois do Sol e da Lua, o objeto mais brilhante do céu. Vênus era utilizado principalmente para orientação, por ser visto pouco antes do nascer ou logo após o pôr-do-sol, sempre próximo ao Sol. Os indígenas pensavam que se tratava de duas estrelas que apareciam em períodos diferentes: a estrela matutina (kaaru mbija), que chamamos de estrela D’alva, e a vespertina (ko’e mbija), que chamamos de Vésper, cada uma delas visível por cerca de 263 dias.
Os tupis-guaranis chamam o planeta Vênus, quando aparece como estrela vespertina, de “Mulher da Lua”. Eles contam que a mulher da Lua é muito linda, vaidosa e nunca envelhece. Ela só fica ao lado do seu marido enquanto ele é jovem, afastando-se dele à medida que fica mais velho.
Ao anoitecer, no dia seguinte à lua nova, os dois astros se encontram bem próximos, no lado oeste. Nas noites seguintes, a Lua vai crescendo e se distanciando de Vênus. Na crescente, Vênus continua aproximadamente no mesmo lugar, mas a Lua se encontra no alto do céu, perto da linha norte-sul. Na lua cheia, ao anoitecer, a Lua está no lado leste e sua mulher, bem afastada, no lado no oeste. Na lua minguante, Vênus e a Lua não são mais visíveis ao mesmo tempo. Na lua nova, o ciclo recomeça.
Esse mito, que pode ser considerado uma maneira alternativa de explicar as fases da Lua, nos foi relatado pelos guaranis do Sul do Brasil e pelos tembés do Norte do país, duas etnias da família tupi-guarani que não têm contato entre si.
Uma Lenda Aborígine
Como estrela matutina vênus era conhecida por Barnumbir. Na mitologia Aborígine, Vênus tinha medo do aforgarse, assim foi colocado no céu com uma grande corda, que senhoras mais velhas a seguravam. Esta corda impedia sua subida ao ponto mais alto do céu, e de se afogar no rio reperesentado pela Via´láctea. Ao amanhacer suas guardiães baixavam a Barnumbire a colocavam em uma cesta durante o dia.
Quando Vênus estava no céu do amanhecer celebravam cerimonias importantes. Ao planeta se identificava com a ilha do mortos. Em uma cerimonia ritual em honra dos mortos, Barnumbir era reperesentado por um Totem largo. Ao redor colocavam plumas brancas atreladas a cordas representando raios, como raios de luz. Quando uma pessoa morria eles acreditavam que seu espírito era transportado pelas coradas até Vênus, lugar de seu descanso definitivo.
Do nosso folclore,
Vésper à tarde. estrela da tarde, boieira e papa ceia.
“Pus-me a contar as estrelas
Só a boieira deixei;
Por ser a mais luminosa,
Contigo a comparei.”
(J.Simões Lopes Neto, Cancioneiro Guasca, 91, ed Echenique, Pelotas 1917).
Boieira porque conduz, indicando a hora, o gado ao curral. Papa Ceia, por coincindir com a hora da ceia de outrora. São denominações portuguesas.
Dicionário do Folclore Brasileiro – Câmara Cascudo
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A idéia do evento é poder compartilhar imagens das atividades de
observação junto ao público e imagens do Planeta Vênus no período de 25 a 28 de fevereiro. Haverá um momento nesse período no qual Vênus estará próximo da Lua.
O Observatório Municipal de Campinas Jean Nicolini, vai abrir nos dias 27 e 28 de fevereiro, das 18:00h até 20:00h. O telescópio usado será um Zeiss de 0.5m. Lendas, mitos, histórias de nosso folclore, causos e curiosidades sobre Vênus serão abordados durante a observação.
Figura: Sky and Telescope
This Week's Sky at a Glance
Vênus na Cultura Humana
Lendas
A Mulher da Lua
O planeta Vênus era muito observado pelos tupis-guaranis por ser, depois do Sol e da Lua, o objeto mais brilhante do céu. Vênus era utilizado principalmente para orientação, por ser visto pouco antes do nascer ou logo após o pôr-do-sol, sempre próximo ao Sol. Os indígenas pensavam que se tratava de duas estrelas que apareciam em períodos diferentes: a estrela matutina (kaaru mbija), que chamamos de estrela D’alva, e a vespertina (ko’e mbija), que chamamos de Vésper, cada uma delas visível por cerca de 263 dias.
Os tupis-guaranis chamam o planeta Vênus, quando aparece como estrela vespertina, de “Mulher da Lua”. Eles contam que a mulher da Lua é muito linda, vaidosa e nunca envelhece. Ela só fica ao lado do seu marido enquanto ele é jovem, afastando-se dele à medida que fica mais velho.
Ao anoitecer, no dia seguinte à lua nova, os dois astros se encontram bem próximos, no lado oeste. Nas noites seguintes, a Lua vai crescendo e se distanciando de Vênus. Na crescente, Vênus continua aproximadamente no mesmo lugar, mas a Lua se encontra no alto do céu, perto da linha norte-sul. Na lua cheia, ao anoitecer, a Lua está no lado leste e sua mulher, bem afastada, no lado no oeste. Na lua minguante, Vênus e a Lua não são mais visíveis ao mesmo tempo. Na lua nova, o ciclo recomeça.
Esse mito, que pode ser considerado uma maneira alternativa de explicar as fases da Lua, nos foi relatado pelos guaranis do Sul do Brasil e pelos tembés do Norte do país, duas etnias da família tupi-guarani que não têm contato entre si.
Uma Lenda Aborígine
Como estrela matutina vênus era conhecida por Barnumbir. Na mitologia Aborígine, Vênus tinha medo do aforgarse, assim foi colocado no céu com uma grande corda, que senhoras mais velhas a seguravam. Esta corda impedia sua subida ao ponto mais alto do céu, e de se afogar no rio reperesentado pela Via´láctea. Ao amanhacer suas guardiães baixavam a Barnumbire a colocavam em uma cesta durante o dia.
Quando Vênus estava no céu do amanhecer celebravam cerimonias importantes. Ao planeta se identificava com a ilha do mortos. Em uma cerimonia ritual em honra dos mortos, Barnumbir era reperesentado por um Totem largo. Ao redor colocavam plumas brancas atreladas a cordas representando raios, como raios de luz. Quando uma pessoa morria eles acreditavam que seu espírito era transportado pelas coradas até Vênus, lugar de seu descanso definitivo.
Do nosso folclore,
Vésper à tarde. estrela da tarde, boieira e papa ceia.
“Pus-me a contar as estrelas
Só a boieira deixei;
Por ser a mais luminosa,
Contigo a comparei.”
(J.Simões Lopes Neto, Cancioneiro Guasca, 91, ed Echenique, Pelotas 1917).
Boieira porque conduz, indicando a hora, o gado ao curral. Papa Ceia, por coincindir com a hora da ceia de outrora. São denominações portuguesas.
Dicionário do Folclore Brasileiro – Câmara Cascudo
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